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Chile: o que vi em Santiago

Chile: o que vi em Santiago

Escrito por Vaneza Narciso | Atualizado em:

Santiago é um destino bem acessível aos brasileiros. Nas ruas ouvi mais português do que espanhol. Sim, a cidade foi invadida pelos brasileiros. Não criei muita expectativa acerca da cidade pois meu objetivo era chegar ao fim do mundo, em Ushuaia conhecendo mais as belezas naturais do sul do Chile e uma parte da Argentina.

Vista da cidade desde Cerro san Cristóbal

Porém, vou pontuar alguns locais que gostei e algumas particularidades desta capital que é pura efervescência. Em si, não é bela. Porém é democrática e despojada.

Paseo Ahumada



Cheguei dia 23 de Dezembro e dia 24 já estava batendo perna pela cidade. Bem, era véspera de Natal e o centro não poderia estar de outro jeito: cheio, movimentado e agitado. Aqui se concentra muitas lojas e restaurantes. Policiamento intenso.Vendedores de rua por todo lado, em sua maioria peruanos. Isso claro em dia de semana, pois sábado e domingo, acredito que a história muda. É tudo mais tranquilo.

O Paseo Ahumada te leva a outro local bem comum em Santiago, a Plaza de Armas.

Plaza deArmas
A principal praça de Santiago onde encontrei vendedores de quadros artísticos e comediantes.

Um edifício modernoso ao lado da antiga Catedral Metropolitana
Este era um prédio que eu tanto buscava. Para mim, é um paradoxo com a arquitetura da catedral ao lado que estava em reforma.

Fui ao Museu de Belas Artes, mas ele estava fechado. Uma pena… fica pra próxima. Porém, gostei desta praça que fica bem em frente. Casais namorando, jovens reunidos jogando, turistas descansando e eu aproveitando a sombra das árvores, pois o calor em Santiago tava de matar!


Me perguntaram qual o local que mais gostei de Santiago. Confesso que foi o Cerro San Cristóbal. A vista da cidade, subir de funicular ( e descer também!), o clima de parque, a sombra das árvores que me protegia do calor abrasador foram os fatores que me deixaram encantada por este lugar.
Cerro San Cristóbal visto desde Plaza Itália

Super charmosas hortênsias e uma videira.

Capela “La Maternidad de Maria”

Funicular, ida/volta custa 2mil pesos.
Desci o Cerro e não perdi tempo, fui conhecer a La Chascona, a casa de Pablo Neruda em que ele viveu com sua esposa Matilde a quem apelidou de Chascona, ou despenteada. Um museu que deve ser visitado para se perceber o contexto político em que Neruda viveu e o que sua morte representou para o movimento político daquele momento.
Pablo Neruda e Matilde

Casa museu. Entrada: 5 mil pesos com audioguia.
A parte decorativa do museu é muito legal, e revela que Neruda sabia receber os amigos com criatividade e tornava aqueles encontros um momento único com peças tão distintas e coloridas que causavam uma harmonia entre os convidados. A decoração é uma fonte de inspiração para o nosso dia a dia.
Fui rebelde e tirei a foto, mas é proibido!

A sala que me chamou atenção foi a biblioteca e seu escritório onde vi a foto dele com Jorge Amado, por sinal Paloma Amado é afilhada de Neruda.

Jorge Amado e Pablo Neruda em Salvador em 1968.
O museu se encontra perto do Bairro Bellavista, um local boêmio com vida noturna intensa. No entanto, muitos restaurantes bares abrem cedo, no início da tarde. Escolhi o Patio Bellavista, um centro de bares e restaurante bem descolados e bonitos. Fui atraída pelo valor do menu do dia do Restaurante Lizarran, 5 mil pesos: entrada de salmão, tilápia grelhada como prato principal e sorvete para sobremesa e suco de chirimoya.
Patio Bellavista

Entrada: salmão, alcaparras e parmesão.

Tilápia com fritas
Reabastecida, vamos caminhar, ou melhor pegar o metrô para o centro novamente. E o metro de Santiago merece um pouco da nossa atenção principalmente a estação Banquedano onde há uma pequenina exposição sobre a primeira linha de trem do Chile na região de Copiapó inaugurada em 25 de Dezembro de 1851.

Depois, soltei na estação Universidad de Chile vi uma bela pintura de Mario Toral, homenageando a Poesia. Não sei para os santiaguenses, mas para uma visitante, como eu, a arte suaviza o tumulto naquela estação.

Obra de Mario Toral, “Memoria visual de una Nación”, homenaje a la Poesía.
Daí, seguir para a Plaza La Moneda. Mas que praça mais linda com flores aveludadas!

Palacio de la Moneda desde a Avenida Bernardo O´Higinns

Flores para colorir e perfumar nossa vida…

Este prédio é a sede da presidência da República e no subsolo há um centro cultural que funciona todos os dias. Em frente, próximo da Alameda, temos a bandeira do Chile bailando lindamente.


Me lembrei do Bairro Paris e Londres e proucurei no mapa sua localização. Ruas tranquilas e de uma beleza singela.



Se você vai ao Chile, Santiago é o ponto de partida. Porém, não é a essência e a representação desse país. Santiago é uma cidade cosmopolita. Conheci iranianos, colombianos, haitianos, peruanos e lógico, brasileiros. Uma capital que vive freneticamente e não para. Os chilenos são simpáticos e prestativos. Os carabineiros, a polícia chilena, são extremamente atenciosos.

O verão em Santiago é sufocante. O clima é seco, cansa facilmente. Sou de Salvador e o nosso clima é úmido, você transpira bastante, em Santiago não. Beber água é fundamental, caso contrário é dor de cabeça na certa!

Para mim, 3 ou 4 dias são suficientes para recorrer os pontos turísticos básicos. Além de Santiago, estique sua viagem para o norte ou faça como eu, siga para o sul do país. Isso eu conto nos próximos capítulos…rsrs.

Outros relatos desta viagem pelo Chile:

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