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Alter do Chão, Pará – o que fazer em 2 dias

Alter do Chão, Pará – o que fazer em 2 dias

Escrito por Vaneza Narciso | Atualizado em:

Vamos falar de um lugar que ganhou notoriedade, mas ao mesmo tempo ainda tem um gostinho de lugar pouco frequentado pela massa de turistas. Vamos falar de Alter do Chão, no interior do Pará, próximo a Santarém.


Como Chegar


Ônibus- do Aeroporto não tem transporte público para Alter. Você terá que ir ao Centro, descer na Avenida Cuiabá (Br163, Santarém/Cuiabá) e pegar o ônibus para Alter. O valor da passagem é 3 reais. 


Embora pareça complicado, não é não. Se você estiver com uma mala de rodinha e uma mochila será muito fácil e tranquilo ir do Centro para Alter de ônibus e todo o trajeto levará entorno de 1:30h. É assim que os moradores, e boa parte dos turistas,  se deslocam.


Os horários são regulares, quando cheguei ao ponto de parada, tinha acabado de passar um, levei 30 minutos esperando, daí apareceu outro.

Táxi- o valor da corrida do Aeroporto é entorno de 80-100 reais. Não utilizei o serviço de táxi para Alter, mas usei do Centro de Santarém para o Aero e quem me atendeu foi o Paulo Aguiar. Recomendo! Segue contato: 093 99125-4595 (Whatsapp). Ele aceita cartão de crédito.

O táxi é muito usado pelos turistas durante a noite, pois os horários de vôos que partem de Santarém geralmente são de madrugada.

Avião- cias aéreas que vão para Santarém: Azul, Gol, Latam e Map (empresa regional para quem está na Região Amazônica e queira poupar tempo)

Barco- saídas de Manaus ou Belém com destino a Santarém.
Empresas:
Terminal a Jato
Tapajós Expresso
Macamazon
AR Transportes
Cooperativa de Passageiros e Cargas do Pará

Relatos de viagens (recomendo fortemente a leitura):
Viagens e Caminhos
Viaje na Viagem
Observações:
– as ruas de Alter nem sempre são asfaltadas, assim confira direitinho onde fica sua pousada e peça um ponto de referência onde você vai descer caso vá de ônibus. Eu não fiz isso e andei pra caramba, quase a Vila toda.😓😓😠

Quando ir

Tem Alter para todos os gostos e o ano todo! Mas… eu acredito que na época em que o Rio Tapajós baixa e as praias aparecem, é a melhor. Fui ao final de Outubro e amei! As praias são desertas durante a semana. A água do Tapajós é morninha, uma delícia.

Peguei um dia nublado e outro com céu mais aberto. Nada de céu limpinho. Trovejou e relampejou muuuito e alto!😱😱

Quando o Rio tá cheio, a paisagem muda totalmente e os atrativos são outros. 

Época de seca: em Junho, as águas começam a baixar. Em agosto, as praias reaparecem e Alter do Chão fica badalada novamente. Em setembro, acontece o Sairé. Em novembro, as águas atingem o nível mais baixo.

Época de cheia: de dezembro a maio, chove muito e as águas dos rios sobem lentamente.

Assim, veja qual a época que se adapta a suas necessidades e expectativas.

Onde Ficar

Tem opções variadas na estrutura e nos preços. Alter do Chão foi um dos poucos lugares onde, ao fazer a pesquisa, vi que os preços não eram altos para a fama do lugar.

Fiquei no Hostel Don Preguiça, com diárias a 40 reais, em quarto feminino com 4 camas, banheiro privativo e ar condicionado. Com café da manhã bem simples: pão, queijo, presunto, manteiga, café, leite, suco, achocolatado e frutas. 


Não gostei da limpeza (deveria ser diária e não esperar que o hóspede aponte a sujeira) e do atendimento sem profissionalismo (faltava sempre um pano de prato na cozinha, a manteiga estava gelada, as frutas acabavam rápido e demoravam para repor), recomendo apenas se você for passar no máximo 3 noites, e claro se você quer economizar.
O wi fi é bom e funcionou direitinho.

A localização do Hostel é ótima, perto da praia e da Praça Sairé, onde tem uma parada de ônibus.
Onde comer
Esta é uma parte que eu vou ficar devendo e muito, pois na verdade, em dois dias inteiros em Alter, não precisei sair para Restaurantes. Apenas no dia em que cheguei a noite, fui a uma hamburgueria muito bacana e recém aberta. Que fica próxima da Praça. Lá encontrei um baita hambúrger de pirarucu, delicioso. Nos outros dias eu almoçava durante os passeios, lanchava e chegava no hostel morta de cansada.


Durante o passeio um local imperdível é a Casa do Saulo. Peça ao barqueiro pra te levar até lá.

O que fazer

Vou apresentar o Roteiro de 2 dias que eu fiz e considero suficiente para você ter uma ideia da região e curtir bastante.

Dia 1- Passeio de barco pelas Praias

Saída: 9h
Local: do Centro de Atendimento ao Turista (CAT).
Empresa: Selvagem Tours.
Roteiro: Serra da Piroca, Praia de Pindobal, Ponta do Cururu (apenas passagem), parada numa praia deserta para fazermos um pic nic, Lago Verde, almoço no Restaurante Casa do Saulo, Parada em Ponta de Pedra ( o dia estava bem nublado e não valia parar na Ponta do Cururu). Retorno para Alter do Chão.
Chegada: 18h
valor: R$150 por pessoa.

Ponta do Cururu

Praia de Pindobal

Lagoa Verde

Ponta de Pedras

Casa do Saulo

bolinho e piracuí e a cerveja regional Tijuca

farinha do piracuí

risosto de camarão com jambu

e ele… o tucunaré



pôr do sol em Ponta de Pedras, se o sol aparecesse mais, seria na Ponta do Cururu


Observações:
– o grupo que eu estava tinha 6 pessoas, mas apenas eu e outra senhora que subimos a Serra da Piroca. O Carlos nos guiou até uma parte pois estava impossibilitado de subir. Mas foi uma subida tranquila e a vista em 360 graus é muito linda. Recomendo. Dá pra ir por conta própria, basta atravessar para a Ilha do Amor;
– o passeio é feito pelo Carlos, dono da empresa Selvagens Tours e a lancha tem uma potência maior e permite ir até a Casa do Saulo que fica bem distante de Alter do Chão. Barcos menores não chegam lá;
– pra quem está sozinho fazer passeios assim te dá segurança e conforto, mas não sai barato, ao final do post dou uma sugestão de como economizar;
– é servido lanche, frutas, água, cerveja e refrigerante durante o passeio;
– as paradas são feitas de acordo com o gosto do freguês, rsrs. Se você tem um lugar que deseja muito, negocie com antecedência com o Carlos;
– as águas do Rio Tapajós são mornas e deliciosas, então aproveit. Alter é local de veraneio dos moradores de Santarém, assim evite fazer os passeios de praia aos domingos;
– leve algo para se proteger do frio quando voltar do passeio durante o entardecer, pois venta muito e o barco é aberto;
– o restaurante Casa do Saulo é imperdível, pois a comida é boa, a vista é linda e a estrutura do lugar é show de bola. Não é baratinho, mas vale sim ir conferir, e lá aceita cartão. Chegamos já bem pelo meio da tarde, então a espera não foi muita;

Mapa do Roteiro:



Dia 2- FLONA do Tapajós
Saída: 8h de barco
Local: do Centro de Atendimento ao Turista (CAT).
Empresa: Selvagem Tours.
Roteiro: Lagoa Maguari, Comunidade de Jamaraquá, Trilha do Piquiá na FLONA, almoço, banho no igarapé, parada pra assistir o pôr do sol, retorno a Alter do Chão.
Chegada: 19h
Valor: R$200 por pessoa + 20 reais do almoço + 50 reais do guia c/ ida ao Igarapé.

Ilha do Amor, Alter do Chão

Lagoa Maguary

artesanato de borracha, látex

seringueira

um dos animais mais perigosos do mundo

a flor e a formiga

aranha caranguejeira

a parte interna do tucumã

a famosa sumaúma

mirante da trilha. vista para o Rio Tapajós 

casa do seringueiro com achados cerâmicos e ossos de animais da região

cogumelos

começa nosso passeio pelo igarapé

não dá pra perceber, mas a água é transparente e dá pra ver plantas e peixes

fiquei encantada com este cenário e esses meninos

reflexos

saímos ao pôr do sol … muita luz neste dia tão especial

na época da cheia a água sobe bastante, cobrindo os troncos das árvores

pôr do sol no Rio Tapajós … sempre avermelhado

o que nos resta? AGRADECER!

– para fazer este passeio é necessário sair cedo de Alter do Chão, pois o trajeto até a Comunidade de Jamaraquá leva 1:30h de barco;
– a Trilha do Piquiá tem duração de 4h num ritmo moderado e tranquilo. No grupo de 4 pessoas, haviam uma idosa e uma jovem com problema de coluna grave, mas que realizaram a trilha sem problemas;
– o guia Eric foi excelente. Explicou com muito cuidado e paciência sobre a diversidade da flora e fauna do lugar;
– para toda trilha se recomenda o uso de calçados fechados e/ou tênis, ainda mais que estamos numa floresta fechada. Eu fui de sandálias Havaianas,😂😂😂;
– use calça, é mais seguro. Eu estava de calça, 😛;
– ao chegar na comunidade reserve o almoço. Você pode encontrar muitos turistas e clube de bikes, até porque se tem acesso por estrada de terra até esta Comunidade. Na volta da Trilha se delicie com uma comida caseira e muito saborosa e depois, relaxe, descanse embaixo duma seringueira e tome um banho no igarapé;
– quem nos levou ao igarapé foi o mesmo guia da Trilha do Piquiá. Acertamos com ele os valores, ele aguardou a gente terminar de almoçar e nos conduziu;
– o igarapé é simplesmente fantástico, muitas plantas, aves, peixes, um cenário perfeito. Ah, a água é gelada, mas não se preocupe, você vai se acostumar e não vai querer sair;
– lembrando que há um igarapé dentro da FLONA que dizem ser mais bonito que este que fomos. Para visitá-lo, é preciso sair bem cedo de Alter, fazer a trilha, tomar banho no igarapé e depois almoçar.



Mapa dos atrativos

Trajeto feito de barco. Ao final do post você encontrará um relato de quem foi  de carro.
P.s.: se você quer economizar nos passeios basta ir ao cais, bem na frente de Alter, na orla da cidade logo cedo e haverá vários barqueiros oferecendo o passeio. Eles cobram geralmente 100-150 reais para o passeio de Praias o que pode sair a 30 reais por pessoas e 150 reais por pessoa para ir até a FLONA. Observe, converse , veja a situação do barco e escolha o que melhor lhe convém.😉
Fique atento para formar grupos na hospedagem, sairá mais em conta…

Relato de quem se hospedou na Comunidade de Jamaraquá:


Outras Terras


Outros relatos:
Por uma vida sem rotina
Viajante Comum

Me diz aí o que você achou de Alter do Chão e arredores? Tem dúvidas, pergunta aí!


Links:
Guia Alter

Selvagem Tours


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O blog Vaneza com Z  não possui parceria/ convênio com as empresas/ serviços citados no texto.


10 comentários em “Alter do Chão, Pará – o que fazer em 2 dias”

  1. Primeiramente, parabéns pela narrativa do passeio. O estado do Pará é de uma natureza exuberante, tornando a cidade de Santarém um dos lugares que pretendo visitar. Sou do Rio de Janeiro, mas tenho uma admiração enorme por este estado. Haja vista, minha esposa ser paraense. Já fui algumas vezes em Belém, a última viagem realizei um sonho de ir de carro do Rio de Janeiro a Belém, mas precisamente Sta. Izabel do Pará, em março de 2016. Segue o link de um dos vídeos (https://youtu.be/PGTexsRsm8k), foram alguns dias viajando.

    1. Olá Jairus,

      Compartilho do mesmo sentimento que você pelo Norte do país. Realmente não parece ser tão fácil o deslocamento e desbravar a região, mas com planejamento e escolhendo a época certa dá para aproveitar bastante . É o que acontece com Alter do Chão, tem a época certa para visitar. Planeje e vá com sua esposa, vocês vão amar! Gostei dos seus vídeos e é uma ajuda e tanto para quem estiver pensando em fazer este trajeto de carro.

      Obrigada pela visita e pelo comentário, abraços!

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