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Instituto Feminino da Bahia – Fundação Henriqueta Catharino

Instituto Feminino da Bahia – Fundação Henriqueta Catharino

Escrito por Vaneza Narciso | Publicado em:

Neste post vamos conhecer um pouco do Instituto Feminino da Bahia que tem manutenção da Fundação Henriqueta Catarino e localiza-se no Politeama, Salvador , Bahia.

História do Instituto Feminino da Bahia

A Fundação Instituto Feminino da Bahia foi idealizada por Henriqueta Catharino e Monsenhor Flaviano Osório Pimentel e foi inaugurada em 5 de Outubro de 1923, mas antes, chamava-se Casa São Vicente. Assim, o objetivo era oferecer qualidade de vida e educação básica e profissionalizante para a população feminina (em sua maioria, mulheres brancas) de Salvador. Portanto, usando de anacronismo, este trabalho de Henriqueta Catharino seria hoje feminismo. Além disso, ela era uma mulher com uma mente avançada para o seu tempo.

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Henriqueta Martins Catharino

Henriqueta nasceu em 12 de dezembro de 1886 e faleceu em Salvador, aos 21 de junho de 1969 com 82 anos. Filha de Úrsula Catharino e Bernardo Catharino, sendo este o maior empresário da Bahia. Portanto, uma família abastada e com privilégios que sempre viajava à Europa, em especial a Paris, o centro cultural do mundo naquela época. Por isso, nestas viagens Henriqueta sempre trazia roupas, leques, porcelanas e demais itens que hoje compõe o acervo do Instituto.

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O interior do imenso casarão com 5 mil metros quadrados de área construída, abriga milhares de objetos de relevância artística e histórica gentilmente doados pelas famílias baianas. Dessa forma, criou-se um acervo de mais de 15 mil peças distribuídas em três museus que veremos a seguir.

Instituto Feminino da Bahia – acervo

Primeiro, somos recepcionados no hall de entrada com piso preto e branco de mármore carrara, lustre de cristal baccarat e espelhos bisotados de origem francesa. Em seguida, a sala da diretoria da escola. Mais adiante, o quarto onde Henriqueta Catharino passou seus últimos dias, visto que, ela não morava neste edifício. No entanto, o que mais me encantou foi a coleção de leques de vários materiais, a saber, de papel, penas, tecido, palha e por aí vai.

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No Museu Art Decór do Instituto Feminino encontramos muitas porcelanas, itens de vidro, mobiliário de madeira que nos transportam para algumas décadas atrás. Além disso, fotos de membros da família real como Dom Pedro II, Teresa Cristina e outros.

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mobiliário em jacarandá

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família real

Museu de Arte Popular da Bahia

Henriqueta Catharino adquiriu peças de artesãos do interior da Bahia para formar o Museu de Arte Popular , sendo este, pioneiro no Brasil. Desta forma, encontramos no subsolo do edifício vários itens de cerâmica, produtos indígenas e inclusive um tear que Abdias Sacramento Nobre manuseava. Abdias sabia ler e escrever e deixou uma carta para dona Henriqueta. Outra coisa muito bacana nesta parte do museu são as maquetes de prédios importante da cidade, tais como: Palácio rio Branco, Igreja do Bomfim e Gabinete Português.

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maquete do Gabinete Português

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carta de Abdias para dona Henriqueta

Museu do Traje e Têxtil

Em 1933 iniciou-se a coleção têxtil da Fundação Instituto Feminino da Bahia quando a sociedade baiana foi convocada a doar vestes e acessórios femininos para a formação do acervo. Assim, trajes muito significativos foram inseridos no acervo, tais como, as roupas pertencentes a Anna do Nascimento, preta Folô, escrava que vivia em Cruz das Almas, bem como, o vestido da Princesa Isabel.

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roupa da negra Folô

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roupa dos brancos
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vestido da Princesa Isabel
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roupas de passeio

Lembra dos leques? Então, olha eles:

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Através das peças exposta percebemos como o modo de se vestir evoluiu e como a roupa é um elemento distintivo de classe.

Além dos 3 museus, o espaço conta com a Biblioteca Marieta Alves:

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Tudo isso retrata o modo de vida da sociedade naquela época. Assim, refletimos sobre o nosso presente e questionamos algumas ações que perpetuam a desigualdade e falta de oportunidades.

Confira a visita em vídeo:

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